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Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

A igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição foi erguida nos primeiros anos do século XVIII, por iniciativa do sertanista Gabriel Ponce de Leon. Foi ele que mandou vir de Itu, São Paulo, em 1703, a imagem da padroeira.Em 1722 a capela-mor já se encontrava concluída e, em 1772, foi concedido auxílio real para dar procedimento às obras que foram concluídas no dia 06 de novembro de 1802, quando a igreja recebeu a benção inaugural.
A igreja tem sido objeto de vários trabalhos de reparo e restauração. A sacristia exibe magnífico conjunto de pinturas, constituído pelo painel do forro de autoria desconhecida e por uma série de painéis laterais, cuja autoria até hoje gera polêmicas. Não se sabe ao certo se a obra pertence a Silvestre de Almeida Lopes, um dos mais importantes artistas da região do Serro e Diamantina ou a Manoel da Costa Ataíde, o mestre Ataíde.

 

As pinturas apresentam decorativa em perspectiva ilusionista, nas laterais retrata estruturas arquitetônicas e ainda cenas com as estações do ano. Estes setores são ricamente decorados, inclusive com motivos fitomórficos. A parte central do forro é decorada numa profusão de elementos fitomórficos, antropomórficos, volutas, conchas, folhas de acanto e rocalhas em forma de medalhão. No centro do medalhão observa-se a estampa do rosto de Cristo em tecido, em referência a cena da sua paixão, considerada pelo historiador Rodrigo Mello Franco de Andrade, como “uma das pinturas mais encantadoras e delicadas do patrimônio de arte religiosa do país”.

Apesar da sua composição em estilo rococó, este forro ainda apresenta características estilísticas do barroco, mas com prevalência do primeiro. A planta é composta de nave, capela-mor e duas sacristias laterais ao longo das paredes da capela-mor. Apresenta torres salientes em relação ao corpo da igreja, e fachada com frontão triangular decorado com telhas de bica, que se repetem na cimalha em arco, e três retábulos em talha dourada de autor desconhecido. Ainda, balaustradas de jacarandá na nave e no coro. Na sacristia encontra-se um primoroso arcaz, também trabalhado em jacarandá.

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição é um dos maiores patrimônios arquitetônicos da cidade. Sua construção norteou toda a ocupação em seu entorno e isso fez e faz com que ela seja a referência da comunidade, além de abrigar a padroeira do município. Passou por vários trabalhos de reparo e restauração, e em 1948 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que também executou obras de restauração e pintura geral da igreja. Atualmente encontra-se em obras, com trabalhos de restauração.